Com o avançar da idade, o corpo requer cuidados especiais. E é inevitável que as demandas com a saúde se tornem cada vez mais frequentes. Entre os idosos, uma das preocupações constantes são as fraturas ósseas, uma vez que a capacidade de recuperação não é mais a mesma. Uma das causas mais comuns que leva a essa condição é a osteoporose, doença responsável por deixar os ossos frágeis e porosos.
A perda de massa óssea começa a acontecer naturalmente a partir dos 40 anos. Para os homens, o risco é maior entre os 50 e 70 anos. Já entre as mulheres, essa perda pode iniciar um pouco mais cedo, aos 35, em função das mudanças hormonais que podem acompanhar a menopausa. Nesse caso, a doença é chamada de osteoporose pós-menopáusica. Em razão disso, as mulheres são mais atingidas pela osteoporose.
A doença é detectada por meio de densitometria óssea, exame solicitado, geralmente, a partir dos 45 anos para mulheres e aos 65, no caso dos homens.
Densitometria óssea: como funciona
A densitometria óssea é o exame destinado a medir a densidade de cálcio no tecido ósseo a partir da idade e do sexo do paciente. Ele serve para diagnosticar alterações como osteoporose, osteopenia e outras doenças que atingem os ossos. O método é, atualmente, um dos mais modernos da medicina, realizado por meio de aparelho computadorizado com baixa dose de radiação. Em função disso, não apresenta riscos para a saúde do paciente ou do técnico responsável.
Para a sua realização, o paciente deita sob o aparelho e um laser passa sobre as partes do corpo a serem analisadas com o intuito de medir a quantidade de radiação por eles absorvida. O teste avalia as áreas do corpo que são mais sujeitas a riscos de fraturas: a coluna lombar, o terço distal do radio e a região próxima ao fêmur. Em crianças, é realizado no corpo inteiro e na coluna para medir a massa óssea.
Todo o processo é rápido e fácil, indolor e não invasivo. A densitometria óssea tem duração média de 15 a 20 minutos.
Quando o exame é indicado
Além da idade, mulheres acima de 65 anos e homens acima de 70, existem outros fatores de risco para os quais a densitometria óssea é indicada. Nesses casos, o exame pode ser realizado por pacientes antes mesmo da idade indicada: mulheres na menopausa ou que apresentem problemas hormonais, pacientes com osteopenia – baixa densidade mineral óssea-, com alterações na tireoide, pacientes que fazem uso contínuo de corticoides e quem tem hiperparatireoidismo primário, pacientes com doença reumática ou mesmo quem já tenham o histórico familiar de fratura ou osteoporose.
Para pacientes já diagnosticados com osteoporose, o exame é indicado para acompanhar os resultados do tratamento e, quando necessário, a mudança de medicamentos. Também tem uso pediátrico, para acompanhar e avaliar o crescimento da criança e do adolescente.
Contraindicações da densitometria óssea
Apesar de ser um exame simples e não radioativo, a realização da densitometria óssea exige é contraindicada nos seguintes casos:
- Mulheres gestantes ou com suspeita de gravidez (apesar da exposição à radiação ser baixa, ela pode afetar o bebê);
- Pacientes que tenham realizado exames com contraste de iodo ou bário;
- Cirurgia ortopédica extensa na região avaliada;
- Casos graves de obesidade, já que os aparelhos costumam suportar entre 160 kg a 200 kg, no máximo.
Como se preparar para densitometria
A densitometria óssea não requer muitos preparos para a sua realização. Mas, como todo procedimento, é importante ter alguns cuidados especiais. Veja algumas das nossas orientações:
- Evitar roupas com botões ou fivelas de metal, joias e sutiãs com aros de ferro;
- Não fazer uso de suplementos que contenham cálcio um dia antes do exame;
- Caso tenha realizado exame contrastado (por exemplo, contraste iodado), aguardar 15 dias para eliminação da medicação;
- Levar exames anteriores para comparação.
A densitometria óssea é um dos exames mais eficientes da medicina, e ajuda na prevenção e no diagnóstico de doenças que acometem os ossos, como a osteoporose. Ele é realizado de forma rápida e indolor e a recomendação é que seja repetido anualmente. Em alguns casos, ele pode ser realizado em menor espaço de tempo. Para isso, é essencial contar com o acompanhamento médico e uma clínica de confiança.